terça-feira, maio 21, 2024

carmen berlanga castaño


Últimas palabras
 
Sacad vuestras palas,
polvorientas y olvidadas
dentro de la leyenda
de su propia existencia
 
Hoy toca clavar balizas
y sentarnos a mirar
el ocaso de los dioses
Bukowski, hoy brindaremos por ti
 
Arderán en la hoguera
vuestros versos estirados
“Clac”
Los huesos rotos de las musas
alimentan a los perros del Averno
 
Ajustes de privacidad
La métrica y la forma,
desgastadas,
dadas de si,
enterradas bajo el fango
 
Hoy perecen nuestros ancestros
ante la falta de futuro
Hoy bailarán las masas
y el tiempo se detendrá
para aquellos que viven con él,
que viven de él
Que lo arrastran,
lo acompañan
Para aquellos que lo desentierran de la mediocridad
y lo ensalzan como un trofeo
 
Señoras y señores,
hoy la poesía ha muerto,
y estas son sus últimas palabras
 
 

 
 
Últimas palavras
 
Tirem as vossas pegaduras,
poeirentas e esquecidas
dentro da lenda
da sua própria existência
 
Hoje cumpre cravar balizas
e sentarmo-nos a ver
o ocaso dos deuses
Bukowski, hoje brindaremos por ti
 
Arderão na fogueira
vossos versos esticados
"Clac"
Os ossos partidos das musas
alimentam os cães do Averno.
 
Configurações de privacidade
A métrica e a forma,
desgastadas,
terminadas,
enterradas sob a lama
 
Hoje perecem os nossos ancestrais
ante a falta de futuro
Hoje dançarão as massas
e o tempo deter-se-á
para aqueles que com ele vivem ,
que dele vivem
Que o arrastam,
o acompanham
Para aqueles que o desenterram da mediocridade
e o exaltam como um troféu
 
Senhoras e senhores,
hoje a poesia morreu,
e estas são as suas últimas palavras