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quinta-feira, abril 04, 2024

mariana quijano


Lobos dormidos
                                              A quien pueda interesar.
 
Hay dos lobos
dormidos,
son transeúntes fijos
en las ruinas
que han dejado mis batallas ajenas.
 
Duermen en la ribera de un río vespertino,
transmutan el respiro en rocas
que a lo lejos parecen monumentos
de soldados desconocidos.
 
Se desprende un verano tropical
por las avenidas
y como sierpes sin fin
titilan a lo lejos huellas
de memoria y olvido.
 
Caminan sin despedirse
sobre el ocaso de siluetas,
dejando plasmada
en los lienzos de mis madrigales
la lucha etérea de mis sombras
recalcitrantes.
 

 
Lobos a dormir
                               A quem possa interessar.
 
Há dois lobos
a dormir,
são transeuntes fixos
nas ruínas
que deixaram as minhas batalhas alheias.
 
Dormem nas margens de um rio vespertino,
transmutam a respiração em rochas
que ao longe parecem monumentos
aos soldados desconhecidos.
 
Desprende-se um verão tropical
pelas avenidas
e como vormes sem fim
titilam ao longe rastos
de memória e esquecimento.
 
Caminham sem se despedir
sobre o ocaso de silhuetas,
deixando plasmada
nas telas dos meus madrigais
a luta etérea das minhas sombras
recalcitrantes.