il est question de ce qui grouille dedans de ce qui ne fait plus confiance aux doigts et à la bouche pour crier // il est question de sécheresse et d’obésité des sens de cœur massif d’artères fleuves et d’ardeurs accumulées // il est question de ce qui ne tient plus en place dans le ventre des bêtes dans le sexe des femmes et le cri des forêts // il est question de corps brûlants et d’apnée de soleil de perte du réel et de rage éternelle // il est question de ce qui rougit l’envers des peaux ce qui flamboie au fond des gorges ce qui griffe racle et dévale les parois et les tripes // il est question de ravalements et de débordements d’érosion et de sédiments de sécheresse et de noyade sous l’ourlet de la langue // il est question de ce qui hurle dans le fond des silences et de ce que retient la nuit
Trata-se do que ferve dentro daquilo que já não tem confiança nos dedos e na boca para gritar // trata-se de secura e obesidade dos sentidos de coração maciço de artérias fluviais e de ardores acumulados // Trata-se do que já não tem lugar no ventre das bestas no sexo das mulheres e no grito das florestas // trata-se de corpos ardentes e apneia do sol de perda do real e de raiva eterna // Trata-se do que avermelha o avesso das peles o que arde no fundo das gargantas o que raspa e desbota as paredes e as tripas // trata-se de rebordos e transbordos de erosão e de sedimentos de seca e afogamento sob a bainha da língua // trata-se do que grita no fundo dos silêncios e do que retém a noite
Trata-se do que ferve dentro daquilo que já não tem confiança nos dedos e na boca para gritar // trata-se de secura e obesidade dos sentidos de coração maciço de artérias fluviais e de ardores acumulados // Trata-se do que já não tem lugar no ventre das bestas no sexo das mulheres e no grito das florestas // trata-se de corpos ardentes e apneia do sol de perda do real e de raiva eterna // Trata-se do que avermelha o avesso das peles o que arde no fundo das gargantas o que raspa e desbota as paredes e as tripas // trata-se de rebordos e transbordos de erosão e de sedimentos de seca e afogamento sob a bainha da língua // trata-se do que grita no fundo dos silêncios e do que retém a noite