Toward the End
In this archipelago of thought a fog descends, horns of ships to unseen ships, a year
passing overhead, the cry of a year not knowing where, someone in the aftermath
who once you knew, the one you were, a little frisson of recognition,
then just like that—gone, and no one for hours, a sound you thought you heard
but in waking darkness is not heard again, two sharp knocks on the door, death
it was you said but now nothing, islands, places you have been, the sea the uncertain,
ghosts calling out, lost as they are, no one you knew in life, a moon above
the whole of it, like the light at the bottom of a well opening in the iced air
where you have gone under and come back light, no longer tethered
to your own past, and were it not for the weather of trance, of haze and murk, you could
see everything at once: every moment you have lived or place you have been, without
confusion or bafflement, and you would be one person. You would be one person again.
Até ao fim
Neste arquipélago de pensamento desce uma névoa, sirenes de navios para navios invisíveis, um ano
passando por cima, o silvo de um ano sem saber onde, alguém em sequela
que uma vez conheceste, a quem eras, um pequeno arrepio de reconhecimento,
então, sem mais nem menos — simplesmente desapareceu, e ninguém durante horas, um som que que julgaste ter ouvido
mas no escuro acordar não se ouve novamente, duas batidas bruscas na porta, a morte
disseste, mas agora nada, ilhas, lugares onde tens estado, o mar, o incerto,
fantasmas a chamar, perdidos como estão, ninguém que tenhas conhecido na vida, uma lua acima
do todo, como a luz no fundo de uma abertura de poço no ar gelado
onde tens ido para baixo e voltado a luz, já não amarrada
ao teu próprio passado, e se não fosse pelo clima de transe, de neblina e escuro, poderias
ver tudo ao mesmo tempo: cada momento que viveste ou lugar onde estiveste, sem confusão ou perplexidade, e serias uma pessoa. Serias uma pessoa outra vez.
In this archipelago of thought a fog descends, horns of ships to unseen ships, a year
passing overhead, the cry of a year not knowing where, someone in the aftermath
who once you knew, the one you were, a little frisson of recognition,
then just like that—gone, and no one for hours, a sound you thought you heard
but in waking darkness is not heard again, two sharp knocks on the door, death
it was you said but now nothing, islands, places you have been, the sea the uncertain,
ghosts calling out, lost as they are, no one you knew in life, a moon above
the whole of it, like the light at the bottom of a well opening in the iced air
where you have gone under and come back light, no longer tethered
to your own past, and were it not for the weather of trance, of haze and murk, you could
see everything at once: every moment you have lived or place you have been, without
confusion or bafflement, and you would be one person. You would be one person again.
Até ao fim
Neste arquipélago de pensamento desce uma névoa, sirenes de navios para navios invisíveis, um ano
passando por cima, o silvo de um ano sem saber onde, alguém em sequela
que uma vez conheceste, a quem eras, um pequeno arrepio de reconhecimento,
então, sem mais nem menos — simplesmente desapareceu, e ninguém durante horas, um som que que julgaste ter ouvido
mas no escuro acordar não se ouve novamente, duas batidas bruscas na porta, a morte
disseste, mas agora nada, ilhas, lugares onde tens estado, o mar, o incerto,
fantasmas a chamar, perdidos como estão, ninguém que tenhas conhecido na vida, uma lua acima
do todo, como a luz no fundo de uma abertura de poço no ar gelado
onde tens ido para baixo e voltado a luz, já não amarrada
ao teu próprio passado, e se não fosse pelo clima de transe, de neblina e escuro, poderias
ver tudo ao mesmo tempo: cada momento que viveste ou lugar onde estiveste, sem confusão ou perplexidade, e serias uma pessoa. Serias uma pessoa outra vez.