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sexta-feira, julho 12, 2024

ivonne gordon


MEDUSA SIN VESTIMENTAS
 
Todo mito es la bebida tibia de la herencia.
Medusa aparece en la copa de cáliz
 
sus cabellos señalan el sentido del viento
y son el navío itinerante de las ballenas.
 
Su mirada puede convertir a los hombres
en piedra. El mundo no es visible
así lo prefieren los dioses.
 
Sus cabellos revelan los cantos de los arrecifes
es bella y escueta como el silbido de Melteme.
 
Medusa dispersa las ondulaciones de mil culebras.
En su vientre se cocen las galerías de los ecos.
 
El río corre. La piedra inmutable del bosque
se viste de mil cabezas tatuadas en la belleza del sonido.
 
El horizonte cárdeno se viste de nubes indecisas
sus cabellos distienden la falta de esperanza
 
su mirada es fuerte como el mástil de los navíos
y desde el vértigo de las colinas convierte en piedra
al descreyente que se marcha por los caminos.
 
 

 


MEDUSA SEM ROUPA
 
Qualquer mito é a bebida tépida da herança.
Medusa aparece no copo em cálice
 
os seus cabelos indicam o sentido do vento,
são o navio itinerante das baleias.
 
O seu olhar pode converter os homens
em pedra. O mundo não é visível
assim preferem os deuses.
 
Os seus cabelos revelam os cantos dos recifes
É bela e limpa como o silvo do Melteme.
 
Medusa dispersa ondulações de mil cobras.
No seu ventre cozem-se as galerias dos ecos.
 
O rio corre. A pedra imutável da floresta
veste-se com mil cabeças tatuadas na beleza do som.
 
O horizonte cárdeo veste-se de nuvens indecisas
os seus cabelos distendem a falta de esperança
 
o seu olhar é forte como o mastro dos navios
e da vertigem das colinas transforma em pedra
o descrente que peregrina pelos caminhos.