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domingo, agosto 25, 2024

almudena sánchez


POEMA TEXTIL
 
Estudio matemáticas.
Tú coses botones
de camisas a rayas.
Nos une, ahora, el ser fructíferas.
 
Geométricas.
 
Me revoluciono al comprender
que hay líneas paralelas
que nunca se tocan
ni se tocarán jamás,
ni siquiera en los confines del universo.
En ellas se inspiraron
los cables de alta tensión
que van por encima de nuestras cabezas.
 
Continúas cosiendo botones
que se pierden por los suelos.
Yo los recojo
con actitud contenida.
Hay actos
que requieren cierta delicadeza
de manantial.
Y luego beso sus cuatro agujeros:
una diminuta constelación.
 
 

 
 
POEMA TÊXTIL
 
Estudo matemática.
Tu coses os botões
de camisas às riscas.
Une-nos, agora, o sermos frutíferas.
 
Geométricas.
 
Fico acelerada ao compreender
que há linhas paralelas
que nunca se tocam
nem se tocarão jamais,
nem mesmo nos confins do universo.
Nelas se inspiraram
os cabos de alta tensão
que estão por cima das nossas cabeças.
 
 
Continuas a coser os botões
que se perdem pelo chão.
Eu apanho-os
com atitude contida.
Há atos
que requerem uma certa delicadeza
de nascente.
E depois beijo os seus quatro buracos:
uma minúscula constelação.