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domingo, fevereiro 11, 2024

jennifer grousselas

    Jouxtant la mer je sais les montagnes qui se joutent
s’ébranlent et qui dansent
 
   Sous mes pieds la caresse de la cendre jouxtant les mon-
tagnes de sang de la mer à la chevelure hirsute sanglante
 
    Et sur mon cœur mort sur le soir perdu sur ma vie qui
s’achève, se met remuer comme l’oiseau-nuit
 
    La touffeur me griffant par saccades dans ma gorge la lave
mugit révolte sur la vie qui m’achève je sens en moi ven-
geance monter naissante grandir, tourner gutturale râler-
mugir
 
    Et la mer sans mesure où je baignai mon corps nouveau,
la mer dans son bain mouvant m’éclabousser mer d’écume
noire au goût de sang, la mer seule m’offre ses signes reculant
ses barrières de sel la mer m’appelle
 
    Révolte sans mesure la mer m’approuve m’ouvrant pour
 
    m’appeler vengeance sans mesure
 
    Œuvrer
 
    Par le bec de l’oiseau-nuit ses serres, par l’élan de tire-d’aile,
au nom des frères de sacrifices à venir, au nom de la boue
sur les yeux fermés par le jour abattu, pour la fin du nom qui
fut d’abord mien
 
    Par seul amour restant de la mort je ferai œuvre
 
    Et dans l’achèvement du temps qui se signe
nuit de la nuit véritable
après les derniers mots que je saigne les mots
n’auront plus jamais place
 
    Fin de l’enfance mauve
bleus sombres sur mon âme et neuve violence
 
 
 
 
Ao lado do mar eu sei as montanhas que se justam
estremecem e dançam
 
Debaixo dos meus pés a carícia da cinza ao lado das mon-
tanhas de sangue do mar de cabelos desgrenhados sangrentos
 
E no meu coração morto na noite perdida na minha vida que
termina, começa a mexer-se como o pássaro-noite  
 
A estufilha a arranhar-me com força na minha garganta a lava
brame revolta sobre a vida que me termina sinto em mim vin-
gança subir nascença crescer, tornar gutural resmungar-
mugir
 
E o mar sem medida onde banhei o meu corpo novo,
o mar em seu banho em movimento esparrinha-me mar de espuma
negra com sabor a sangue, o mar sozinho oferece-me os seus sinais recuando
as suas barreiras de sal o mar chama-me
 
Revolta sem medida o mar aprova-me abrindo-me para
 
me chamar  vingança sem medida
 
Obrar
 
Pelo bico do pássaro-noite as suas garras, pelo impulso do saca-asas,
em nome dos irmãos de sacrifícios futuros, em nome do lodo
nos olhos fechados pelo dia abatido, para o fim do nome que
foi primeiro meu
 
Pelo único amor remanescente da morte farei obra
 
E no acabar do tempo que se assina
noite da verdadeira noite
depois das últimas palavras que sangro as palavras
nunca mais terão lugar
 
    Fim da infância púrpura
azuis escuros na minha alma e nova violência