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domingo, março 10, 2024

elim dafne a. barrantes


Desahucio
 
El óxido con que pintaron esta casa se
me pega a las manos, y cuando intento
lavarlas, aparece una lengua con pelos, el
agua tiene monstruos
 
Nadie dormirá con esto pegado
No me quedará más que limpiarme con las sábanas, aunque
estén tendidas por el tornado
¡Sé que mi frente se hundirá!
 
Se me cierran los ojos, y no paran,
caminan por mis venas como si pisaran azulejos
¡No más!
No me convertiré en parte de esta casa, no, el agua sabe
 a cuerpo óxido.
Me arde el cuello, y corro al espejo de la sala, solo veo un
grito verde, no lo soporto
Se retuerce como la cucaracha
gigante de mi sueño, donde alguien me llama para decirme
que el olvido luego traerá el rostro de la plaga
 
Y solo imploro por la caída del sol, y el sol
se duerme en otro sitio
Esperaré la explosión, pero antes haré mi última visita, será
al patio, construiré una casa, esta vez, con mi propia piel.
 

 
Despejo
 
A ferrugem com que pintaram esta casa
Cola-se-me às mãos, e quando as tento
lavar, aparece uma língua com cabelos, a
água tem monstros
 
Ninguém dormirá com isto colado
Só me restará limpar-me com os lençóis, embora
estejam estendidos pelo tornado
Sei que a minha testa se afundará!
 
Fecham-se-me os olhos, e não param,
caminham pelas minhas veias como se pisassem azulejos
Basta!
Não me tornarei parte desta casa, não, a água sabe
a corpo enferrujado.
Arde-me o pescoço, e corro para o espelho da sala, só vejo um
grito verde, não o suporto
Contorce-se como a barata
gigante do meu sonho, onde alguém chama por mim para me dizer
que o esquecimento trará depois o rosto da praga
 
E só imploro pela queda do sol, e o sol
dorme noutro sítio
Esperarei a explosão, mas antes farei a minha última visita, será
ao pátio, construirei uma casa, desta vez, com a minha própria pele.