Mostrar mensagens com a etiqueta lia liqokeli. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta lia liqokeli. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, abril 11, 2024

lia liqokeli

 მე პაპაჩემი მძულდა ..
 
მე პაპაჩემი მძულდა და მინდოდა, მომკვდარიყო.
მძულდა მისი წყლისფერი თვალები, როცა მიყურებდა და ვგრძნობდი,
ერჩია, ვინმე სხვა დაენახა.
მძულდა მისი ქუდი, რომელსაც მხოლოდ ძილში იხდიდა
და ბავშვობიდან ვიცოდი, დავისჯებოდი, თუ შევეხებოდი.
მძულდა სახლის სიჩუმე მისი შინ ყოფნისას,
თითისწვერებზე სიარული და სიცილის მოთმენა, როცა ხასიათზე არ იყო.
მძულდა ჯოხი, რომელსაც ძროხებს ურტყამდა და ზოგჯერ ჩემს კატას,
ცული, რომლითაც ტყეში დადიოდა
და ხეებს ხოცავდა
ყოველდღე, შაბათ-კვირის გარდა, სანამ სიარული შეეძლო.
მძულდა მისი მსუბუქი, მოძრავი სხეული,
რომელსაც ვერაფრით ეწეოდა სიბერე.
და ვფიქრობდი, ვერც სიკვდილი დაეწეოდა.
 
წელიწადში ორჯერ მიდიოდა ქალაქში მანქანის ნაწილების საყიდლად,
ან რაღაც სხვა საქმის მომიზეზებით.
აუცილებლად შეივლიდა აბანოში და ნავთლუღის ბაზარში,
საიდანაც მოჰქონდა ბევრი უსარგებლო ნივთი
და ჭრელი საკაბეები დედაჩემისთვის.
ერთხელ ყური მოვკარი, ამბობდნენ, რომ ქალაქში ქალი ჰყავს,
და წელიწადში ორჯერ მისთვის მიაქვს ბებიაჩემის გაკეთებული ყველი.
უკან დაბრუნებულს მოჰქონდა ავტობუსების სადგურში ნაყიდი
ძველი, ძნელად დასაღეჭი თაფლაკვერები.
ის თაფლაკვერები ყველაფერს მერჩია და ისე ვჭამდი, არავის გაეგო.
ვჭამდი და ვფიქრობდი, რომ ეს კაცი არასოდეს მოკვდება.
 
როცა ბებიაჩემი აღარ იყო, ყველა ამბობდა, რომ ძალიან დააკლდა.
მე კი ვფიქრობდი, რომ ასე უკეთესად ცხოვრობს, –
დამთავრდა ყოველდღიური ჩხუბი
მიწამდე დახრილ, ხერხემალზე ცხოვრებაგადაკიდებულ ბებიაჩემთან,
და ზუსტად ვიცოდი, რომ დამნაშავეა 
მასთან მოსული სიკვდილი გააცურა და ჩემი გატანჯული ბებია შეაჩეჩა.
 
მერე თანდათან მოტყდა.
ტყეში ვეღარ დადიოდა, კიდევ უფრო დამძიმდა და გართულდა.
მე კანი მეწვოდა მისი თვალებისგან
და ყოველდღე ვუყრიდი საჭმელში უზომოდ ბევრ მარილს და წიწაკას,
იმდენად ბევრს, რომ მთელი დღეები ხველება ახრჩობდა.
მაგრამ ხმას არ იღებდა. მიყურებდა და ჭამდა.
და მე ვფიქრობდი, რომ ეს სიძულვილი არის ჩემი ჯოჯოხეთი.
მერე რამდენჯერმე მძაღე ღვინის ძმრით გაჟღენთილი
საზამთროს ნაჭრები ვაჭამე.
ხმა არ ამოუღია.
და ვიფიქრე, რომ ეს არის ჯოჯოხეთზე მეტი
და ჩემს თავში ცხოვრება აღარ შემიძლია.
 
ბოლოს დაპატარავება დაიწყო.
მეხსიერებაც დაკარგა და მოძრაობის უნარიც.
თოთო ბავშვივით უვლიდა მამაჩემი,
კოვზით აჭმევდა და საფენებს უცვლიდა.
ზუსტად ერთი წელი კვდებოდა,
და როცა ყველაფერი დამთავრდა,
მე დიდხანს მესიზმრებოდა, როგორ ბრუნდება სახლში
საიმედოდ დამარხული პაპაჩემი,
როგორ მიყურებს ღვინის ძმარში დამბალი თვალებით,
როგორ ჩამოსდის ნიკაპზე საჭმლის წიწაკიანი წვენი,
და ვიცოდი, რომ მხოლოდ ამის გამო,
თუნდაც მხოლოდ ამის გამო
ვისაც გავაჩენ, ვერ შემიყვარებს, სანამ არ მოვკვდები.
 
ახლა ვიცი, როგორ მიყვარდეს.
მიყვარდეს ბობოქარი, მძიმე და უჟმური,
ზუსტად ჩემნაირი პაპაჩემი,
ყველასგან შეუყვარებელი,
ქალაქიდან თაფლაკვერების მზიდავი უჯიშო შვილიშვილებისთვის,
კაცი, რომელმაც იარა, იარა და ბოლოს მაინც ბებიაჩემს მიუწვა
მიტოვებული სოფლის სასაფლაოზე.
ახლა ვიცი, მაგრამ მესამე ზედმეტია,
და ყველა ზედმეტია 
ისინი, ორნი,
ერთად წვანან და იციან, რომ არავინ უყურებს.
 
 

 
EU ODIAVA O MEU AVÔ
 
Eu odiava o meu avô e queria que morresse.
Odiava os seus olhos cor de  água, quando me olhava e descobria
que preferia ver alguém diferente.
Odiava o seu gorro, que só tirava quando dormia,
e sabia desde pequena que me castigaria, se tocasse nele.
Odiava o silêncio da casa quando ele lá estava,
andar na ponta dos pés e conter o riso se ele estivesse de mau humor.
Odiava o pau com que chicoteava as vacas e às vezes - o meu gato.
O machado com que andava pelos bosques
e matava as árvores,
todos os dias, exceto sábado e domingo, enquanto conseguia andar.
Odiava o seu leve, inquieto corpo
que não alcançava a velhice.
E pensava a ele nem a morte alcançaria.
 
Ia à cidade duas vezes por ano para comprar peças para o carro,
ou procurava outras desculpas.
Passava sem faltar pela casa de banhos e pelo mercado de Navtlugi,
de onde trazia muitas coisas inúteis,
e os tecidos vistosos para costurar os vestidos da minha mãe.
Uma vez ouvi, diziam que na cidade tinha uma mulher,
E duas vezes por ano levava-lhe o queijo feito pela minha avó.
Na volta trazia o que comprava na estação de autocarros-
bolos de mel duros e difíceis de mastigar.
Sobretudo preferia esses bolos de mel e comia às escondidas, para ninguém saber.
Comia e pensava que esse homem nunca morreria.
 
Quando a minha avó deixou de estar, todos diziam que ela lhe fazia muita falta.
Mas eu pensava que assim vivia melhor
tinham-se acabado as discussões diárias
com a minha avó curvada que tinha a vida pendurada no ombro,
E sabia com certeza que ele era o culpado -
burlou a morte que veio por ele e entregou a minha pobre avó.
 
Depois, pouco a pouco, quebrou.
Já não conseguia ir ao bosque, piorou e tornou-se complicado.
E a mim queimavam-me a pele os seus olhos,
e todos os dias deitava na sua comida muito sal e pimenta,
tanto, que se afogava em tosse todo o dia.
Mas não dizia nada. Olhava-me e comia.
E eu pensava que esse ódio era o meu inferno.
Então uma vez dei-lhe pedaços de sandia
impregnados com vinagre azedo de uvas.
Ele não disse nada.
E pensei que isso era pior que um inferno
E que eu já não podia continuar a viver comigo mesma.  
 
Finalmente começou a diminuir.
Perdeu a memória e a mobilidade.
Meu pai tratava-o como a um bebé.
Dava-lhe a comida à colher e trocava-lhe as fraldas.
Morreu precisamente um ano depois,
e quando tudo acabou,
andei a sonhar muito tempo
que o meu avô voltava para casa,
se estiver bem enterrado,
como me olha com olhos encharcados em vinagre,
como lhe cai pelo queixo o molho picante da comida,
e sabia que só por isso,
embora seja só por isso,
a criatura que um dia der à luz
não me amará até que eu morra.
 
Agora sei como amá-lo.
Amar revoltoso, pesado e sombrio,
o meu avô igual a mim,
amado por ninguém,
que trazia bolos de mel para os seus desgraçados netos,
o homem que andou, andou e no final deitou-se ao pé da minha avó,
no cemitério abandonado da aldeia.
Agora sei, mas o terceiro resta,
e restam todos -
eles, os dois
jazem juntos e sabem que já ninguém olha para eles.