Mostrar mensagens com a etiqueta gizeh jiménez. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta gizeh jiménez. Mostrar todas as mensagens

domingo, março 17, 2024

gizeh jiménez

 Gracias por jugar a la casita conmigo,
por venir a atestiguar
dónde sangra la herida
y cómo blando el corazón
para cualquier interacción,
desde acariciar un gato
hasta preparar un arroz.
Gracias por jugar a la casita conmigo,
colgar el teléfono del techo
y arrullarnos en la cotidianidad
de una ciudad enemiga,
enferma de su propia grandeza
y hermosa de su monstruosidad.
 
Gracias por jugar a la casita conmigo,
aunque a momentos haya sido aburrido
o quizá excesiva mi neurosis
de que todo pase como
creo que tiene que pasar.
Gracias, aunque fuera solo un ratito,
algo chiquito
un espacio-tiempo ínfimo,
en comparación con
todo lo antes ya vivido
y ya habitado.
Gracias por dejar tu olor
en las esquinas
y el rumor de tu risa
y tus células muertas
que no sé cuándo terminaré
de barrer
aunque yo espero que nunca.



Obrigado por brincares às casinhas comigo,
por vires testemunhar
onde a ferida sangra
e como amacio o coração
para qualquer interação,
desde acariciar um gato
até preparar um arroz.
 
Obrigado por brincares às casinhas comigo,
desligar o telefone do teto
e nos arrulhar no cotidiano
de uma cidade inimiga,
doente da sua própria grandeza
e linda pela sua monstruosidade.
 
Obrigado por brincares às casinhas comigo,
embora às vezes tenha sido aborrecido
ou talvez excessiva a minha neurose
de que tudo passe como
acho que tem de passar.
Obrigado, mesmo sendo só um pouquinho,
Uma coisa pequeninha
um espaço-tempo ínfimo,
em comparação com
todo o anterior já vivido
e já habitado.
Obrigado por deixares o teu cheiro
pelos cantos
e o rumor do teu riso
e as tuas células mortas
que não sei quando acabarei
de varrer
embora eu espere que nunca.