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terça-feira, março 12, 2024

carolina ramos venegas


Cuarta cueva
 
Ya no intento decir nada,
la lucidez es otra cosa:
el sexto sueño de abril donde fui montaña
y fingí una resurrección.
 
Estuve dentro mío
pensando en mi madre como la mariposa que se sentó a morir entre dos rocas:
lejana, en secreto
recordando los catorce peces que sembró cuando nací.
 
Estuve dentro mío
como la montaña que resguardaba los silencios de las ausencias,
la urgencia de ternura
y la calma del aislamiento voluntario.
 
Recuerdo
arder dormitando
con un puñado de piedras en la mano
el encierro.
 
No intentaba decir nada,
regresaría de mi cuarta muerte
todavía sin saber de mí
sin entender la caridad de la vejez
y las piedras.
 
Sin entender, y solo confiar en la intuición del letargo.

 
 
Quarta caverna
 
Já não tento dizer nada,
a lucidez é outra coisa:
o sexto sonho de abril onde fui montanha
e fingi uma ressurreição.
 
Estive dentro de mim
pensando na minha mãe como a borboleta que se sentou a morrer entre duas rochas:
distante, em segredo
lembrando os quatorze peixes que semeou quando nasci.
 
Estive dentro de mim
como a montanha que guardava os silêncios das ausências,
a urgência de ternura
e da calma do isolamento voluntário.
 
Lembrança
arder a dorminhar
com um punhado de pedras na mão
o fechamento.
 
Não tentava dizer nada,
voltaria da minha quarta morte
ainda sem saber de mim
sem entender a caridade da velhice
e das pedras.
 
Sem entender, e  confiar apenas na intuição da letargia.