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quarta-feira, abril 03, 2024

indira ríos

 ¿Has besado el amanecer de un cadáver de ayer?
Crepita desde el lastre de su ataúd arañado
un regocijo de cementerio olvidado
Los huesos se limpian el recuerdo
de puñales putrefactos,
la experiencia de ayeres agonizantes
lleva un amasijo de lágrimas disecada
la memoria va en ellas
sin memoria moríriala resurrección
Protesta en los velorios permanentes
lee los sarcófagos con órganos cálidos
engañados de hielo
las resurrecciones de sus latidos
asesinan cualquier sospechoso muerto
Defiende con guerras su bandera alada de vida
y mataría convencido
con la resurreción apuñada en las águilas
del canto de todas las sangres
que aún aguardan sus resurreciones



Beijaste o amanhecer de um cadáver de ontem?
Crepita do lastro do seu caixão arranhado
um regozijo de cemitério esquecido
Os ossos limpam a lembrança
de punhais putrefactos,
a experiência de ontens agonizantes
leva uma amálgama de lágrimas dissecada
a memória vai nelas
sem memória morreria a ressurreição
Protesta nos velórios permanentes
lê os sarcófagos com órgãos cálidos
enganados pelo gelo
as ressurreições dos seus batimentos
assassinam qualquer suspeito morto
Defende com guerras a sua bandeira alada de vida
e mataria convencido
com a ressurreição apunhalada nas águias
do canto de todos os sangues
que ainda aguardam as suas ressurreições