Mostrar mensagens com a etiqueta magali alabau. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta magali alabau. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, março 14, 2024

magali alabau


Un pájaro que muerde
tiene su barriga pegada a mi cabeza.
Me tiene agarrada por los párpados.
Quiere hablar,
se ha posado en el espejo.
Desde la cama,
escondida entre las colchas,
lo miro de reojo.
Amenaza con sus patas
arrancarme los ojos.
Mueve su lengua rota
descascarando plumas,
muerde el espacio cojo.
El pájaro se acerca,
camina por el piso,
se arranca las dos alas.
Paso a paso,
se acuesta desangrándose
sobre mi piso blanco.
Las alas desprendidas
se suben a mi almohada,
entre mis ojos tiesos
reposan en la cama.
 
 
 
Um pássaro que morde
tem a barriga dele colada à minha cabeça.
Tem-me agarrada pelas pálpebras.
Quer falar,
pousou no espelho.
Na cama,
escondida entre as colchas,
Espreito-o com o canto do olho.
Ameaça com as suas patas
arrancar-me os olhos
Movimenta a sua língua partida
descascando penas,
morde o espaço coxo.
O pássaro aproxima-se,
caminha pelo chão,
arranca as duas asas.
Passo a passo,
deita-se a sangrar
no meu chão branco.
As asas desprendidas
sobem à minha travesseira,
entre meus olhos duros
repousam sobre a cama.