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segunda-feira, julho 22, 2024

estelle coppolani


Ni ancien, ni nouveau monde : rien que des froissements.
Nem velho, nem novo mundo: apenas estrépitos, rugas.
 
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Ce ne peut pas être une île, ceci que les cartes impriment à la chute de l'Afrique, à la pointe du grand océan de l'Inde allé jusqu'à Madagascar : tout au plus une goutte duplique à la Maurice reine, une négligence quelconque, l'éclaboussure d'une touche où manquait l'attention.
Não pode ser uma ilha, aquilo que os mapas imprimem à queda da África, na ponta do grande oceano da Índia ido até Madagascar: no máximo uma gota duplicada na ilha Maurícia reina (dizem eles), uma negligência qualquer, o salpico de um toque onde faltava a atenção.
 
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Aux flancs de Salazie l'illusion d'une histoire collective qui sédimente sans occulter n'a point poussé. Femmes et hommes vivent dans la connaissance de la défaite, simplement.
Nos flancos de Salazie a ilusão de uma história coletiva que sedimenta sem ocultar não vingou. Mulheres e homens vivem no conhecimento da derrota, simplesmente.
 
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C'est le propre des formations volcaniques d'endurer le temps, de l'engloutir dans leur fournaise, de cracher magma et de recommencer sans fin.
É próprio das formações vulcânicas suportar o tempo, engoli-lo na fornalha, cuspir magma e recomeçar sem fim.
 
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Est incessamment dégrossi, ainsi que carrière de Carrare, ce qui est travaillé par la blessure. Nulle entaille n'est plus efficace à se répandre en vertige de fissures, en tournoiements de veines grises.
É incessantemente desbastado, bem como pedreira de Carrara, que é trabalhada pela ferida. Nenhum entalhe é mais eficaz a espalhar-se em vertigem de fissuras, em turbilhões de veias cinzentas.
 
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La parole est la forme de respiration la plus aboutie dans son mariage avec la ruine. C'est pourquoi nulle puissance de dévastation n'a raison des langues créoles.
D'ailleurs, si celles-ci venaient à s'incarner, elles iraient chantant : désolation est le prénom de nos vertiges, amour celui de nos torrents.
A fala é a forma mais conseguida de respiração no seu casamento com a ruína. Eis  porque nenhum poder de devastação tem direito às línguas crioulas.
Aliás, se estas fossem encarnar, iriam a cantar: desolação é o nome das nossas vertigens, o amor, o das nossas torrentes.