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quarta-feira, dezembro 25, 2024

ángela briceño


Virtual
 
Cuando me sacaron los ojos,
  trabajo del tacto
volvió más lentos
  los movimientos de cada articulación
 
Reconocí por primera vez
el marco de una ventana
helada
aún sin ser de noche
 
…Atravesé
Plataforma o tiniebla
¡oh, noche mía!
apenas puedo
levantarme
 
Despoja
de todo mantra de todo aliento
esta reiteración
 
que es acaso el mismo cuerpo
No reconocí
sensación igual
atrás
 
Cuando
las motosierras
—yo era árbol—
cortaron mis manos
pude escribir
 
 


 
Virtual
 
Quando me tiraram os olhos,
  trabalho do tacto
voltou mais lentos
  os movimentos de cada articulação
 
Reconheci pela primeira vez
o caixilho de uma janela
gelada
mesmo sem ser noite
 
...Atravessei
Plataforma ou treva
Oh, minha noite!
mal me posso
Levantar
 
Despoja
de todo o mantra de todo o fôlego
esta reiteração
 
que é talvez o mesmo corpo
Não reconheci
sensação igual
Atrás
 
Quando
as motosserras
- eu era árvore -
cortaram as minhas mãos
pude escrever